terça-feira, 29 de maio de 2012

proposta III - trabalho final

 Trabalho Final
trabalho final integrado

Ensaio teórico
“Na análise de Horn, os designers gráficos «aprendem na faculdade a adorar os deuses do Estilo e da Moda, da Novidade, do impacto e da Autoexpressão», enquanto que os profissionais  da comunicação técnica adoram a «Claridade, Precisão, Legibilidade, Compreensabilidade e (…) Simplicidade». A principal diferença entre o design gráfico e a visualização de informação é, pois, a função prática da imagem.”(CAIRO, 2008:28). Naturalmente o tratamento de uma infografia não será tão linear assim, mas estes são, de facto, os dois aspectos principais a ter em conta na construção de uma infografia. Por um lado, a informação deve ser de leitura fácil, por outro, a construção gráfica tem de ser interessante e ir de acordo com o conceito apresentado.
            Neste sentido, após a primeira construção da infografia, tive necessidade de a alterar. Por um lado, substituir o estilo de letra Onyx no que diz respeito a dados e informação mais directa, por uma fonte não serifada, e, portanto, de mais fácil leitura – seleccionei o Agency FB. Da mesma forma, alterei o cabeçalho que dificultava a leitura do título, apesar de isso representar uma perda de validade conceptual – anteriormente composto por rectângulos brancos verticais, que reproduziam o padrão dos pacotes de pipocas clássicos, ainda tentei trabalhar com as cores, e com a largura das barras, mas não consegui nenhum bom resultado, pelo que optei pela sua remoção.
            Para garantir uma imediata identificação do assunto em causa, inseri no cabeçalho uma imagem de um dos filmes portugueses mais célebres de sempre, A Canção de Lisboa. Decidi utilizar uma imagem para cada uma das duas partes que, da mesma forma, identifiquem bem o tema: na primeira, uma imagem da Palma de Ouro de Cannes, na segunda, uma cena do filme Cinema Paradiso, na qual se vê uma audiência em êxtase.
            Inicialmente tinha em ideia construir 3 partes, em vez de 2, no entanto, com a necessidade de inserir um lead, a informação que aí iria colocar seria repetida – relativa às alterações do financiamento do ICA – assim como me foi complicado encontrar dados precisos sobre essas alterações. Dividi, assim, em apenas duas partes. Na primeira abordei os prémios recebidos pelo cinema português, muito por alto, referindo apenas os obtidos no Festival de Berlim. Na segunda parte, alonguei-me um pouco. Aos números juntei representações simples, identificando-as para não correr o risco de má interpretação visual. Fiz o mesmo na distribuição dos números por origem de filmes, sendo que tentei associar cores a cada origem - em relação às europeias, americanas e portuguesas orientei-me pela bandeira, apesar de no caso português o amarelo ser uma cor de terceiro plano. Na distribuição das percentagens, achei melhor incluir ao lado (porque no caso das produções portuguesas o número não cabia) os valores, de forma a que o leitor não seja induzido em erro por uma ilusão de óptica provocada pela escala utilizada na representação gráfica.
            Concluindo, tentei construir uma infografia qu apresentasse os dados de forma clara e que fosse de leitura agradável. Não sei se consegui a coerência conceptual que queria atingir numa fase inicial, mas foi um exercício importante para desenvolver as minhas noções de Design.



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