Trabalho Final
trabalho final integrado
Ensaio teórico
“Na análise de Horn, os designers gráficos «aprendem na
faculdade a adorar os deuses do Estilo e da Moda, da Novidade, do impacto e da
Autoexpressão», enquanto que os profissionais
da comunicação técnica adoram a «Claridade, Precisão, Legibilidade,
Compreensabilidade e (…) Simplicidade». A principal diferença entre o design
gráfico e a visualização de informação é, pois, a função prática da imagem.”(CAIRO,
2008:28). Naturalmente o tratamento de uma infografia não será tão linear
assim, mas estes são, de facto, os dois aspectos principais a ter em conta na
construção de uma infografia. Por um lado, a informação deve ser de leitura
fácil, por outro, a construção gráfica tem de ser interessante e ir de acordo
com o conceito apresentado.
Neste
sentido, após a primeira construção da infografia, tive necessidade de a
alterar. Por um lado, substituir o estilo de letra Onyx no que diz respeito a
dados e informação mais directa, por uma fonte não serifada, e, portanto, de
mais fácil leitura – seleccionei o Agency FB. Da mesma forma, alterei o
cabeçalho que dificultava a leitura do título, apesar de isso representar uma
perda de validade conceptual – anteriormente composto por rectângulos brancos
verticais, que reproduziam o padrão dos pacotes de pipocas clássicos, ainda
tentei trabalhar com as cores, e com a largura das barras, mas não consegui
nenhum bom resultado, pelo que optei pela sua remoção.
Para
garantir uma imediata identificação do assunto em causa, inseri no cabeçalho
uma imagem de um dos filmes portugueses mais célebres de sempre, A Canção de
Lisboa. Decidi utilizar uma imagem para cada uma das duas partes que, da
mesma forma, identifiquem bem o tema: na primeira, uma imagem da Palma de Ouro
de Cannes, na segunda, uma cena do filme Cinema Paradiso, na qual se vê
uma audiência em êxtase.
Inicialmente
tinha em ideia construir 3 partes, em vez de 2, no entanto, com a necessidade
de inserir um lead, a informação que aí iria colocar seria repetida – relativa
às alterações do financiamento do ICA – assim como me foi complicado encontrar
dados precisos sobre essas alterações. Dividi, assim, em apenas duas partes. Na
primeira abordei os prémios recebidos pelo cinema português, muito por alto,
referindo apenas os obtidos no Festival de Berlim. Na segunda parte, alonguei-me
um pouco. Aos números juntei representações simples, identificando-as para não
correr o risco de má interpretação visual. Fiz o mesmo na distribuição dos
números por origem de filmes, sendo que tentei associar cores a cada origem -
em relação às europeias, americanas e portuguesas orientei-me pela bandeira,
apesar de no caso português o amarelo ser uma cor de terceiro plano. Na
distribuição das percentagens, achei melhor incluir ao lado (porque no caso das
produções portuguesas o número não cabia) os valores, de forma a que o leitor
não seja induzido em erro por uma ilusão de óptica provocada pela escala
utilizada na representação gráfica.
Concluindo,
tentei construir uma infografia qu apresentasse os dados de forma clara e que
fosse de leitura agradável. Não sei se consegui a coerência conceptual que
queria atingir numa fase inicial, mas foi um exercício importante para
desenvolver as minhas noções de Design.